Reduzir a formação dos professores!? Será esta a solução?

Olá pessoal,


Hoje irei compartilhar com vocês uma matéria que retirei do site do Ministério da Educação. A reportagem é de Diego Rocha e menciona a intenção do Senado de reduzir a obrigatoriedade de formação para que professores atuem em universidades. 
Penso ser importante compartilhar essa notícia com vocês, para que possamos, juntos, refletir sobre os rumos que estão tomando as discussões em torno de  nossa vida profissional. Será mesmo que precisamos de redução em nossa formação? 
Lendo esta notícia se torna impossível o não questionamento sobre até que ponto os professores serão tratados como tapa bracos. Até quando...?? E o que deixa mais triste é saber que  existem professores felizes com a possibilidade desta medida. 
Concordo que com esta decisão o caminho será mais curto para muitos professores atingirem seu "objetivos". Mas concordo também que será o meio mais rápido de se possibilitar de vez o declínio  da educação e formação dos professores em nosso país.
Por este motivo, espero fielmente que o Sr ministro da Educação e a Presidenta, Dilma continuem com suas palavras de rejeição a esta barbaridade...Sou contra a esta redução, não apenas pela simples redução, pois se tivéssemos condições atualmente de possibilitá-la a minha opinião certamente seria outra, porém não é essa nossa realidade. Sou contra a esta medida principalmente porque ela está sendo tomada para tapar os buracos que a incompetência de nossos "governantes" tem alimentado durante a história dos professores em nosso país.
E qual a solução que eu dou para tudo isso?? Investimento real na formação dos professores enquanto os mesmos nem sequer sabem que o serão! 

Vamos à notícia?

Vale ressaltar que a notícia abaixo coloca a posição negativa do Sr ministro e da Presidenta Dilma em referência ao referido projeto de lei do Senado.



O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira, 12, ser contrário ao Projeto de Lei 220/2010, do Senado, que dispensa a obrigatoriedade de mestrado e doutorado para professores atuarem em universidades. Segundo Haddad, a presidenta da República, Dilma Rousseff, também não concordaria em reduzir a exigência de qualificação de professores da educação superior. Se aprovado no Senado, o projeto deve ainda passar pela Câmara dos Deputados, antes de chegar às mãos da presidenta, que poderá sancioná-lo ou vetá-lo.   

A proposta do Senado modifica o artigo 66 da Lei 9.394/1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), que exige que professores universitários tenham diploma de pós-graduação, especialização, mestrado ou doutorado. De acordo com o projeto de lei, os docentes de instituições públicas e privadas poderiam lecionar apenas com o diploma de graduação, desde que contratados em regime temporário.

Os defensores do projeto afirmam que há déficit de profissionais. Entretanto, anualmente, o Brasil forma 50 mil novos mestres e doutores. Hoje, 56% dos professores universitários são pós-graduados e a meta do Plano Nacional de Educação (PNE) é que esse número chegue a 75%.

Haddad observou que o Governo Federal vem investindo, por meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), na formação de pessoal com pós-graduação. A presidenta Dilma anunciou 75 mil bolsas de estudos para cursos no exterior, até 2014, no âmbito do programa Ciência Sem Fronteira. 

Em reunião realizada na manhã desta terça-feira, 12, no Ministério da Educação, mantenedoras de instituições de ensino superior privadas e comunitárias, representadas por diversas entidades, declararam ao ministro serem contrárias ao projeto de lei. 
O Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior divulgou nesta quarta-feira, 13, uma nota oficial em que contesta editorial do jornal O Estado de S. Paulo e se posiciona a respeito do assunto.

Leia a nota do Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior

Diego Rocha

Matéria republicada com acréscimo de informações.




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