"DROGAS É PRECISO PREVENIR"

Olá queridos,

O texto que compartilho hoje com vocês, recebi via e-mail pelo Jornal Virtual das Revistas Profissão Mestre e Gestão Educacional. 
Resolvi publicá-lo aqui pois, creio que muito ainda temo que pensar sobre essa questão das drogas em nossa escolas e percebi que o Texto do Ademar Batista Pereira, presidente do Sindicato das Escolas Particulares - Sinepe/PR, veio nos trazer com singeleza um olhar que já temos mas que por diversos motivos nos esquecemos e banalizamos.
Gostaria de pedir que enquanto estiverem lendo o texto reflitam sobre o que podemos fazer para melhorar a situação? Ou ainda o que temos feito, enquanto educadores, para mudar essa história? 
Sei que não somos nós individualmente que traremos a revolução que este mundo precisa, mas se a gente agir junto... 
Pense nisso!


Vamos ao texto?


Em todas as civilizações que temos conhecimento constatamos, com maior ou menor intensidade, algum tipo de envolvimento com drogas, seja álcool, tabaco ou outros derivados. A busca pelo prazer através de artifícios faz parte da natureza humana.
     Hoje, com a vida em sociedade cada vez mais precarizada e cheia de pressões, percebemos o comportamento humano voltado para o agora e para a busca de prazer a qualquer preço. Com isso, o mundo das drogas funciona como uma “solução imediata”.
     A situação é difícil, mas talvez compreensível em alguns pontos, afinal hoje temos uma sociedade onde as mulheres precisam trabalhar para ajudar no sustento e dar melhores condições para a família. Os filhos, quando pequenos, ficam com babás, com a avó ou em creche, mas, ao iniciar o ensino fundamental, começa o problema: escola somente em meio período. Um turno na escola e o outro? Em casa ou na rua, convivendo com amigos e pessoas de todas as idades. Nesta fase é comum encontrar crianças de 7 anos juntos com jovens de 17.
 
Já a partir de 10 anos, vemos crianças já pré-adolescentes e quase 50% semi-alfabetizadas que não conseguem acompanhar a escola. Com muita liberdade e influência dos tais “amigos”, começam a ir mal na escola e deixam de frequentá-la. Preferem ficar com os tais “amigos” em shoppings, praças, etc. Nesta hora vem o convite para provar as novidades, sejam legais ou ilegais.
     Com grande acesso à informação, nossos jovens, especialmente os mais carentes, querem ter acesso às coisas bonitas da vida: tênis e roupas de marca, celular e computador do último modelo. Os pais não conseguem comprar nem acompanhar as novidades lançadas pelo mercado. Como praticamente não existem no mundo formal condições para um adolescente de 14 anos ganhar dinheiro honestamente, sobra o convite aos pequenos delitos, furtos, desvios, pequenos favores. Neste círculo vicioso chega a vez do traficante, que também quer “ganhar” seu dinheiro. O grupo de “amigos” influencia comentando que a droga é muito prazerosa.
     A escola sente e acompanha a “perda” de cada um desses alunos a cada ano que passa. O que desanima é que não vemos nenhum governo, municipal, estadual ou federal, pensando em como quebrar esse círculo. A solução passa por rediscutir o modelo social das escolas. Precisamos ter escolas do ensino fundamental ao médio em período integral, das 8h às 17h como na maioria dos países em que a educação escolar faz o seu papel e afasta os jovens do submundo. Nesta escola, além das disciplinas obrigatórias, se ensinam os fundamentos de profissões importantes, como cozinha, panificação, marcenaria, computação, eletricidade, esportes. Com uma escola nesse modelo, não sobraria tempo para os nossos jovens ficarem na rua, com tempo de sobra, pensando apenas em como satisfazer seus prazeres momentâneos.  

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