PEDAGOGIA SOCIAL: DE RUA


Acredita-se que esse tipo de pedagogia exista muito antes de a escola formal ser sistematizada porém, o conceito de Pedagogia Social só surgiu por volta dos anos de 1900.
No Brasil na década de 60, tivemos grandes modelos de Educação Popular com a abordagem teórica desenvolvida por Paulo Freire para a Educação de Jovens e Adultos, por exemplo. Mas, esse tipo de movimento se intensificou somente na década de 80 e 90 quando se percebeu  um aumento significativo de crianças e jovens inclusos no mercado de trabalho. Fato que contribuiu para que a escola deixasse der ser o foco de suas vidas.


Com educação de lado, a rua passa a ser o preenchimento de tempo desses jovens. Assim, surge a pedagogia social, com o intuito de resgatar essas crianças ao ambiente escolar possibilitar que tenham acesso à educação, direito que sabemos, é garantido pelo Estatuto da criança e do adolescente.
Segundo  Paiva, no artigo: Educação de Rua: (im)possibilidades de inclusão:

A pedagogia social tem por objetivo a educação social, dirigida a sujeitos em condições sociais conflitantes e que por esta razão possuem necessidades educativas especiais. É enfim, uma pedagogia dirigida aos necessitados socialmente, que tem sua cidadania adulterada, intervém de maneira empática nesse processo nos espaços não escolares, não formais, praticando uma escuta empática dentro do contexto sócio-histórico em que o educando encontra-se inserido. A pedagogia social tem como objetivo o desenvolvimento humano intermediado pela prática educativa, seus destinatários são os indivíduos ou grupos em situação de conflito social.


Com o surgimento desse novo tipo de pedagogia, também surgiu a necessidade de formar educadores especializados para atuar junto a essa parcela. Educadores que entre outras atividades fossem capacitados para dar orientação e apoio sócio familiar e sócio-educativo em meio aberto.
Cabe ao pedagogo social, também, a responsabilidade de pensar em um  trabalho que ao mesmo tempo seja político, ideológico e pedagógico. Para que isso ocorra esse educador precisa escutar/entender a realidade dos educandos.  Seu papel é orientar a aprendizagem a partir do saber que o aluno já possui e seu planejamento deve ser feito a partir daquilo que escuta desses meninos e meninas, buscando o desenvolvimento de suas potencialidades.


Ressalta-se ainda que o trabalho do Educador Social exige mais do que interesse e vontade por parte do pedagogo. Para que esse trabalho seja efetivo e apresente resultados ele precisa se abrir para a formação continuada. É primordial que ele busque aperfeiçoamento, pesquisando ampliando seus conhecimentos, sendo crítico e reflexivo.
A Pedagogia Social, portanto, é um meio pelo qual podemos pensar criticamente a nossa realidade, pois  traz à nossa visão os significados sociais que diversos grupos manifestam, fazendo-nos entender que é necessário ter postura de reflexão e comprometimento para que efetivamente algo possa ser mudado na vida dessas crianças, jovens e adolescentes marginalizados.



MACHADO. Profa. Dra. Avelcy Monteiro. Pedagogia e a Educação Social: Educação Não formal. Dissertação (Mestrado em Educação), Universidade Tuiuti do Parana. Paraná.
PAIVA, Jacyara Silva de. (2005). Educação de rua: (im)possibilidades de inclusão. Acedido em 31/03/2011 em file:///F:/opiniao.asp.htm

OLIVEIRA. A. F. de;  FERNANDES, Nelma. PIMENTA, O. R. AGUIAR, R. de F. Flores; NASCIMENTO, R. C. do N.  COSTA, R. D da. SILVA, R. P. da. FERREIRA, Sheila. Pedagogia Social de Rua. Fortium Grupo educacional

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1 Comentários

  1. Querida amiga

    Penso que quanto mais
    entendermos o nosso povo,
    mais ensinaremos lições
    que façam sentido
    a este povo,
    e ajude-o em sua transformação
    em cidadania pleno.

    Que haja em ti sempre sonhos
    por sonhar.

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