Conjugando o verbo Educar

Por Vanessa Vieira

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Educar é um verbo que podemos conjugar em vários tempos. Um tema que mesmo quando não queremos, ou sabemos, está entre nossas conversas. E que define os objetivos últimos de nossas atitudes. 

E é por isso, por ser tão variável que nos gera tantas discussões. Pensamos em educação entre pais e filhos, filhos e parentes, filhos e sociedade, filhos e escola, dentre muitas outras relações... Mas entre tantos podemos resumir estes ramos em Educação para viver em sociedade, aquela que aprendemos em casa antes  de ingressarmos na escola e Educação Instrucional, aquela que aprendemos na escola, que tem como objetivo ampliar nossa vivência social, além de nos fazer conhecer o que  esta mesma sociedade vem produzindo ao longo dos tempos. 

Penso então, que estas sejam as funções da família e da escola, respectivamente, quando abordamos o tema educar. Mas ocorre ainda que nem todas as pessoas foram estimuladas a pensar no sentido educativo de seu existir. ( você já pensou sobre isso?)

Muitas vezes as pessoas apenas vivem e vão cumprindo os deveres que a sociedade lhes impõe e por isso, um ramo importante da educação, que é a autonomia do pensamento, fica fragilizado. E como sabemos, quem pouco pensa, pouco age e se age acaba sendo levado por pensamentos de outros... E que outros são estes??

Um sociedade que não conhece sua própria história, que se acostuma a agir partindo do que ouve ou até mesmo do pouco que lhe é mostrado, que decide por A e depois se volta para o B... e Está preparada para educar seus filhos? 

Vi muitas pessoas nas ruas de nosso país neste fim de semana. E não tiro deles o direito de se manifestar, de dizer seus desejos. Mas infelizmente sei que pouquíssimos que ali estavam sabiam o que de fato aquela atitude representava. 

Muitos pedidos foram feitos, mas será que estas pessoas pensaram sobre o significado real destes pedidos? Que lado da história deste país as pessoas estão conhecendo?

Pedir o fim da corrupção é pedir primeiramente por mais educação e valores!!! E qual o valor estas pessoas dão às escolas e os professores de seus filhos? Que sentido eles veem nesta instituição? Será que algum dia sentaram com os seus para dizer o porque de uma atitude estar certa ou errada? Ou será que são como aqueles que correm para furar as filas dos bancos, que recebem troco a mais e, desejavelmente,  fingem não ter percebido. Ou mesmo, quando a coisa aperta recorrem àquele amigo que está lá na câmara de vereadores... 

Será que estas pessoas pensaram onde temos que cavar para começar a curar esta doença da corrupção? 

Eu iria pra rua sim, se eu soubesse que o meu país sabe o que está reivindicando ou mais que isso, se o meu país quisesse saber mais sobre o que está acontecendo ali logo em baixo de seus nariz. Mas eles não querem enxergar isso. Preferem atalhos...

Desculpem, mas pensar com a cabeça dos outros não é pensar certo, como bem nos disse Paulo Freire! Para agir sobre esta sociedade precisamos compreendê-la e isso é um esforço diário de todos nós. 

Utopia!? De certo que sim, mas  para além disso, um pensamento voltado para um sentido da educação. O sentido de cidadania! 

Pense nisso! 



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1 Comentários

  1. Querida Vanessa!
    Fiquei muito feliz com tua visita e comentário no meu blog. Precisamos resgatar essa prática de explorar mais nossos próprios espaços. Eu compactuo contigo sobre tuas colocações. De fato, apenas quem tem boa educação consegue pensar por si mesmo, compreender as entrelinhas da história. Está bem complicado até manifestar opinião. Temos muito trabalho pela frente como educadoras. ´E muita falta de tudo o que é valor! Beijo!

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