Docentes e os artefatos culturais


Olá pessoal,

Ainda quando fazia o curso Normal ouvi falar de uma professora da UERJ que usava imagens para conduzir suas aulas de História da Educação. Fiquei encantada com o que ouvi de minha professora  e hoje em dia sempre que estou em algum congresso e tem apresentações de trabalho originados a partir da linha de pesquisa desta professora procuro assistir. Estou falando da professora Nilda Alves. 

Resolvi citá-la aqui, pois gostei muito de um texto escrito por ela (sobre novos e velhos artefatos curriculares - suas relações com docentes e discentes e muitos outros. ) onde a autora nos fala sobre a inserção dos artefatos tecnológicos no cotidiano escolar e busca discutir as mudanças prováveis que podem e vem sendo conduzida em decorrência dessas mudanças.




Quero destacar aqui uma fala da Professora que muito me chamou atenção e que de fato é ainda esquecida por muitos quando o assunto é o docente e sua relação com os artefatos tecnológicos de nosso tempo vejam:

"Quando começamos a falar der tecnologias - novas ou velhas - imediatamente se começa um processo de culpabilização dos/das professores/as: "eles não sabem usar esses aparelhos, ou pior, não querem usá-los". (...)"

Após esta fala a professora nos mostra uma foto bastante interessante onde um senhor apresenta ao professor e seus alunos um novo componente da sala de aula: a televisão. Com delicadeza e uma criticidade incrível a autora nos faz perceber detalhes importantes que, por acaso, deixaríamos escapar e conclui dizendo:

"Mas a questão é que devemos procurar todos os que têm real medo de artefatos e , em especial, de seu "uso", e não dizer que só o professor tem medo."

O texto é sem dúvida fantástico e nos faz refletir muito, por isso indico aqui o referido livro. Creio que seja importantíssimo repensarmos a forma como temos lidado com o currículo em nossa escolas. E devemos começar essa reflexão entendendo o que é currículo. Sim, muitos ainda se perdem quando precisam definir o que de fato venha ser o currículo e ainda se perdem naquela divisão arcaica de conteúdos oriundos da escola moderna. Mas nem tudo estar perdido e um bom começo seria a leitura desse artigo, interessantíssimo, da professora Nilda Alves e dos outros professores que compõe a obra mencionada. Entre eles, as professoras Janete Magalhães Carvalho e a professora Inês Barbosa de Oliveira, que também realizam pesquisas no campo currículo e formação de professores e nos trazem reflexões interessantíssimas.

Vale ressaltar ainda que a inserção das tecnologias neste currículo hoje é um caminho irreversível e que a nós professores cabe a pesquisa. Não sendo culpabilizados como se fossemos os únicos a não saber como nos diz a Professora, mas como aqueles que também precisam buscar e como aqueles que também precisam de auxílio e direcionamento.

Conluio o post de hoje refletindo e chego a seguinte conclusão:  As imagens nos contam longas histórias, basta direcionarmos a elas os olhares que elas merecem receber. 


Que tal fazer das tecnologias e dos currículos uma imagem?
Uma ótima semana a todos!






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