Olá pessoal,
Demorei mas voltei...
Bom, primeiramente devo dizer que demorei pois, estava pesquisando um pouco mais sobre as histórias dos contadores de histórias. Quem são, como surgiram. Enfim, encontrei muitos textos interessantes mas, o texto que compartilho com vocês abaixo representa bem o que eu queria realmente informar.
Espero que gostem...
Vejam:
O contador de histórias é uma figura ancestral, presente no
imaginário de inúmeras gerações ao longo da História. Em um universo desprovido
de recursos midiáticos, este ser era imprescindível para a formação dos futuros
adultos, conferindo às crianças, através das narrativas de histórias, ‘causos’,
mitos, lendas, entre outras, uma imagem menos apavorante de uma realidade então
povoada pelo desconhecido.
Ao mesmo tempo em que amenizava os medos e uma existência
muitas vezes desfavorável, o narrador ajudava as pessoas a entenderem melhor o
que se passava a sua volta, a enfrentar os dilemas e confrontos de natureza
social e individual, extraindo das experiências o aprendizado mais profundo.
Normalmente, o contador está muito presente na Era Medieval,
nos castelos tantas vezes sombrios, nas moradas mais remotas, nos povoados
disseminados pelas áreas rurais, com o objetivo de compartilhar suas vivências
e gerar em torno do grupo magnetizado por suas histórias uma proteção gerada
pelo próprio encanto do momento e pela força do coletivo. As narrativas eram
tecidas pela voz mágica do contador, ao redor de fogueiras ou lareiras que
contribuíam para criar uma atmosfera de intensa magia.
Mas o narrador oral é ainda mais antigo, remontando
historicamente à Antiguidade greco-romana, na figura dos bardos, responsáveis
pela transmissão de histórias, lendas e poemas orais na forma de canções.
Quanto mais desconhecido era o mundo em que se vivia, maior necessidade se
tinha de povoar este universo com imagens que pudessem, ao mesmo tempo, educar
e fortalecer a coragem, predispondo as pessoas a enfrentarem os monstros,
dragões e demônios que habitavam suas mentes.
O contador de histórias não era um mero reprodutor de narrativas,
ele também gerava seus relatos, simplesmente mantendo-se atento à reação
psicológica dos ouvintes. Conforme a disponibilidade ambiental, ele improvisava
e ampliava seus contos, tendo como principal instrumento a palavra, que detém o
poder de transformar o comportamento humano, como é possível perceber na
mensagem transmitida pelas 1001 Noites, onde as histórias se entretecem para
manter Scherazade viva e livre, e ao mesmo tempo para curar o vizir,
purificando seu coração do incessante desejo de vingança contra as mulheres.
Aliás, no Oriente esta tradição de curar a psique através da narrativa de
estórias é amplamente preservada pelos psicoterapeutas.
O narrador, para melhor instrumentalizar as palavras, domina,
mesmo que inconscientemente, boa parte das figuras de linguagem, de sintaxe e
de pensamento, possibilitando ao contador, antigamente uma pessoa mais velha e
sábia, magnetizar seus ouvintes, despertando no ambiente o poder da imaginação,
tecida com uma linguagem encantada, apta a transportar as pessoas para reinos
distantes e, de outra forma, inacessíveis.
Recentemente a imagem do contador de histórias retornou com
força total, principalmente na segunda metade do século XX. Inúmeras pessoas
optaram por este caminho, procurando cursos e oficinas técnicas para se
habilitarem profissionalmente. Hoje, pode-se afirmar que esta ocupação começa a
deixar as mãos de amadores para seguir na direção da profissionalização, pois
atualmente há uma demanda crescente por este profissional, principalmente nas
escolas. Algumas destas instituições chegam a reservar um espaço no currículo
escolar para este evento. Às vezes até mesmo professores e bibliotecários são
preparados para exercerem esta tarefa no âmbito escolar.
Fonte: InfoEscola
Texto retirado na integra do site
Imagens : Google
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